Tratamentos

Esclerodermia

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Saiba o que é, quais os sintomas e como tratar.

O que é?
Trata-se de uma doença inflamatória crônica que atinge as articulações do esqueleto axial, principalmente da coluna, porém também é comum o acometimento de grandes articulações como quadril, joelho, tornozelo e ombros. Um achado típico é a existência de entesite, que é a inflamação do tendão em sua inserção no osso. É uma doença mais prevalente em homens entre 20 e 40 anos e pela presença do HLAB27, um marcado genético, e tende a ocorrer em famílias.

Sintomas
A principal queixa é a dor na coluna por mais de três meses, associada com rigidez matinal, que é pior à noite e diminui de intensidade ao longo do dia. A dor na região das nádegas, que pode se espalhar para a coluna, é outro sintoma comum no início da doença. Essa queixa ocorre devido a um processo inflamatório nas articulações sacroilíacas, que estão localizadas na região posterior do osso do quadril. A inflamação das articulações, geralmente do tornozelo, quadril e joelhos, é também um sintoma comum da doença.  Em casos mais graves, podem ocorrer lesões nos olhos (uveíte) no coração, pulmões e intestinos.

Diagnóstico
Não existe um exame direto para diagnosticar a Espondilite Anquilosante. É levado em consideração um conjunto de sintomas ‒ dor lombar persistente por mais de três meses, que melhora com exercício e piora com repouso, e pode se irradiar para as pernas ‒ e realizados exames de imagem como raio-X ou a ressonância magnética da bacia e da coluna. O ultrassom também é um exame útil para avaliar a artrite e entesite. O médico, provavelmente, irá solicitar exames laboratoriais para identificar a presença do marcador genético (HLAB27) e para detectar a presença de inflamação como a velocidade de sedimentação das hemácias (VHS) e proteína C Reativa (PCR).

Tratamento
O objetivo do tratamento da Espondilite Anquilosante é aliviar os sintomas dolorosos e reduzir os riscos de deformidades. Para o alívio da dor são utilizados medicamentos anti-inflamatórios não-esteroidais, analgésicos e relaxantes musculares. Também é orientado o uso de modificadores da evolução da doença, como a sulfasalazina, o metotrexato e a terapia biológica

Algumas recomendações podem acelerar a recuperação do paciente. Não se descuidar dos exercícios posturais e respiratórios indicados pelo fisioterapeuta, pois a imobilidade pode fazer a doença evoluir. Optar por uma dieta balanceada que possa controlar o peso e procurar manter sempre a postura correta.

Vale salientar que a Espondilite Anquilosante é uma doença incapacitante e pode comprometer a qualidade de vida e a sexualidade do paciente. Apenas 25% dos casos evoluem para anquilose total da coluna. Um bom acompanhamento médico e familiar, bem como o diagnóstico precoce, são essenciais para que haja sucesso na recuperação.